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sábado, 28 de setembro de 2013

Por que implantar o Sistema de Abastecimento de Água e Coleta de Esgotos - ETA e ETE?

Por que devemos lutar pela implantação de um Sistema de Abastecimento de Água (ETA) e um Sistema de Coleta de Esgotos (ETE) em nossas cidades?

Hoje em dia, é indispensável pensarmos em Meio Ambiente sem deixar de falar em Planejamento Sanitário das cidades. A Qualidade de vida depende diretamente destes sistemas e é notória sua relação direta com a saúde da população. Atualmente, os Sistemas de abastecimento de Água e tratamento de Esgoto no Brasil, no que se refere à abrangência, ainda são considerados muito baixos.


Enquanto o homem da zona rural resolve dentro de sua própria gleba de terra e de forma individual, os problemas de seu abastecimento de água, do destino do lixo orgânico e Esgotos Sanitários que produz, o habitante de uma área urbana vai depender  quase sempre de sistemas públicos para obtenção de tais serviços indispensáveis ao desenvolvimento de suas atividades.
À medida que a densidade populacional cresce, as áreas dos lotes reduzem-se à dimensões quase apenas suficientes  a implantação das habitações, tornando impossível uma utilização, segura, sob o aspecto sanitário de soluções individualizadas.
Assim a implantação de uma rede pública para suprir a população de água potável se impõe como medida prioritária de ordem sanitária.
No atual estágio de desenvolvimento, considera-se o abastecimento de água como serviço essencial de qualquer comunidade civilizada.

Conseqüentemente, ao suprir as necessidades de água potável à população, são aumentados e de maneira significativa, os volumes líquidos a serem esgotados. O subsolo dos lotes urbanos, já de dimensões reduzidas não tem (em sua grande maioria) mais condições para absorver os despejos líquidos gerados. Surge assim como conseqüência da distribuição da água através da rede pública, a necessidade de coleta e afastamento das águas servidas, surge assim, os sistemas públicos de coleta, transporte, tratamento e destino final para tais resíduos.
Como ramo das ciências, o saneamento compreende as medidas necessárias ao controle do ambiente físico para promover e assegurar condições de saúde e de bem estar, e de segurança para as populações.
Sabe-se hoje, que sem saneamento básico não pode haver saúde, e sem saúde não se pode aspirar ao desenvolvimento econômico. Daí a validade da expressão: “SANEAR PARA DESENVOLVER”. A maior riqueza de um país é o seu “capital humano”: a população, suas condições e seus atributos. A aplicação de recursos financeiros em obras e serviços essências à saúde, é, portanto, à preservação do “capital humano”.
Os países que, há muitas décadas passadas, aplicaram as medidas sanitárias essenciais, colhem hoje os resultados de tão sábia iniciativa.
A implantação de um sistema público de esgotamento sanitário objetiva resolver problemas de ordem sanitária, social e econômica de uma comunidade:
-O controle e a prevenção de muitas doenças,
-Condições de higiene que promovem a saúde,
-Condições de segurança e conforto,
-Desenvolvimento de atividades comerciais e industriais.


Dados importantes referentes a abrangência, distribuição, coleta e tratamento de água e esgoto, no Brasil (2011):

  • Atendimento em água potável: quando consideradas as áreas urbanas e rurais do País, a distribuição de água atinge 82,4%da população.
  • O atendimento em coleta de esgotos: chega a 48,1% da população brasileira.
  • Do esgoto gerado, apenas 37,5% recebe algum tipo de tratamento.
  • Crescimento das ligações:  entre 2010 e 2011, houve um crescimento de 1,4 milhão de ramais de água e 1,3 milhão na rede de esgotos de esgotos no País, crescimentos relevantes quando se trata de ampliação de sistemas complexos nas cidades brasileiras.
  • O Consumo de água por habitante no Brasil: foi de 162,6 litros por habitante ao dia, um pequeno incremento de 2,3% em 2011 com relação a 2010. A região com menor consumo é a Nordeste, com 120,6 litros por habitante por dia; já a região com maior consumo é a região Sudeste, com 189,7 litros por habitante por dia.
  • Perda de água: a média de perdas de água na distribuição alcançaram 38,8%, mantendo-se no mesmo patamar de 2010.
  • Receitas totais geradas pelos serviços de água e esgotos:  alcançaram os R$ 76,0 bilhões no ano de 2011.
  • Investimentos: movimentação financeira de R$ 76,0 bilhões no ano de 2011, referente a investimentos que totalizaram R$ 8,4 bi, mais receitas operacionais de R$ 35,0 bi e despesas de R$ 32,6 bi. 
  • Postos de trabalho: em 2011 o setor de saneamento gerou 642,9 mil empregos diretos e indiretos e de efeito renda em todo o país. Desses, 198,9 mil nas atividades diretas de prestação dos serviços e 444,0 mil gerados pelos investimentos.
Fonte: SNIS 2011 (Ministério das Cidades) 




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